Comunidade da religião dos orixás ou não a (ACAD) É UM NUCLEO REGIONAL é um local onde desenvolve a proteção básica, centro de referencia social na oferta de serviço continuados de proteção cultural, religiosa e porteção social básica. Onde esta localizada na,
Acad é uma organização não governamental, uma porta de entrada dos usuários à rede de proteção cultural, religiosa e proteção social básica. Total de visitas: 285304
Orisá Logunedé
LOGUN-EDÉ
É um Orixá ligado as águas (doces e salgadas) e à floresta. É pescador e caçador. Traz consigo
a ilusão. Logun-Edé foi criado da ilusão de Oxum e Oxossi.
Logo é um jovem bonito, orgulhoso e vaidoso.
È um dos poucos Orixás que não é filho de Oxalá com Iemonjá, ou Oxalá
com Nana.
PERSONALIDADE: Astucioso, sonhador, comunicativo, cativa as amizades, inteligente, lutadores, fazem
charme para conseguir determinadas coisas, geralmente tem problemas amorosos, desconfiados,
ajudam os amigos.
FILIAÇÃO: Oxum e Oxossi.
PAÓ: 3 batidas de palma, bem espaçadas, levantando-se de cada vez as mãos fechadas, adiante e para
cima, lentamente. Em seguida, 7 batidas lentas para a frente e as três de reverência, seguindo-se o
adobale.
SÍMBOLO: Ofá, Abébé e capangas.
DIA: Quinta-feira ou Sábado
CORES: Azul claro e branco.
ANIMAIS: galo, coelho, pavão e cabrito.
METAL: latão
Logun-Edé, chamado geralmente apenas de Logun, é o ponto de encontro entre os rios e florestas, as
barrancas, beiras de rios, e também o vapor fino sobre as lagoas, que se espalha nos dias quentes
pelas florestas. Logun representa o encontro de naturezas distintas sem que ambas percam suas
características. É filho de Oxóssi com Oxum, dos quais herdou as características. Assim, tornou-se o
amado, doce e respeitado príncipe das matas e dos rios, e tudo que alimenta os homens, como as
plantas, peixes e outros animais, sendo considerado então o dono da riqueza e da beleza masculina.
Tem a astúcia dos caçadores e a paciência dos pescadores como principais virtudes.
Dizem os mitos que sendo Oxóssi e Oxum extremamente vaidosos, não puderam viver juntos, pois
competiam pelo prestigio e admiração das pessoas e terminaram separando-se. Ficou combinado entre
eles que Logun-Edé viveria seis meses nas águas dos rios com Oxum e seis meses nas matas, com seu
pai Oxóssi. Ambos ensinariam a Logun a natureza dos seus domínios. Ele seria poderoso e rico, além
de belo.
No entanto, o hábito da espreita aprendido com seu pai, fez com que, um dia, curioso a respeito da
beleza do corpo de sua mãe, de que tanto se falava nos reinos das águas, Logun-Edé vestindo-se de
mulher fosse espiá-la no banho. Como Oxum estivesse vivendo seu romance com Xangô, tio de Logun,
e Xangô tivesse exigido como condição do casamento que ela se livrasse de Logun, Oxum aproveitou a
oportunidade para punir Logun com sua transformação num orixá meji (hermafrodita) e abandoná-lo
na beira do rio. Iansã o encontra, e fascinada pela beleza da criança leva Logun para casa onde,
juntamente com Ogum, passa a criá-lo e educa-lo.
Com Ogum Logun-Edé aprendeu a arte da guerra e da forja e com Iansã o amor à liberdade. Diz o mito
que Logun tinha tudo, menos amor das mulheres, pois mesmo Iansã, quando roubada de Ogun por
Xangô, abandona Logun com seu tio, criando assim um profundo antagonismo entre Xangô e Logun, já
que por duas vezes Xangô lhe tira a mãe.
Em outro episódio Logun vai brincar nas águas revoltas (a deusa Obá, também esposa de Xangô) e
esta tenta matá-lo como vingança contra Oxum que lhe fizera uma enorme falsidade. Oxum, vendo em
seu jogo de búzios o que estava sucedendo com seu filho abandonado, pede a Orunmilá que o salve e
este, que sempre atendia às preces da filha de Oxalá, faz uma oferenda a Obá que permite então que
os pescadores salvem Logun-Edé, encarregando-o de proteger, a partir daquele dia, os pescadores, as
navegações pelos rios e todos os que vivessem à beira das águas doces.
Logun nunca se casou , devido a seu caráter infantil e hermafrodita e sua companhia predileta é Ewá,
que também vive, como ele, solitária e no limite de dois mundos diferentes.
Cor: Azul e amarelo
Número: 3
Dia da semana: quinta-feira
Comida: milho e coco, peixes
Símbolo: ofá (arco e flecha) e abebê (espelho de mão)
Saudação: Loci loci, Logun!
LOGUN-EDÉ ("príncipe aclamado")
Logum, orixá andrógino, filho de Erinlê (qualidade de Oxóssi) e Oxum-Okê (Oxum guerreira) que vive
nas montanhas, cujo culto é feito, apesar de raro, em Ijexá, Nigéria. Orixá com muitos adeptos no Rio
de Janeiro. Representa o príncipe das matas e caça, já que Oxóssi é o rei. Durante seis meses do ano
vivia nas matas com o pai Oxóssi, alimentando-se da caça e, os outros seis meses vivia nas águas com
sua mãe Oxum, abastecendo-se de peixes. Ele representa a síntese desses dois orixás. Esta síntese
também está presente nas suas vestimentas, instrumentos e oferendas. Seu otá é composto de duas
pedras, uma retirada da mata e outra retirada das águas (rios e cachoeiras). Logum dança ora como o
pai, ora como a mãe.
Logum-Edé é a beleza em pessoa, o encanto dos jovens, o namoro, o flerte. Ele rege a ingenuidade do
jovem, a adolescência. Seu encanto está no primeiro beijo, no primeiro abraço, na primeira
oportunidade de "mãos dadas", no primeiro carinho. É também o deus da arte, o príncipe daquilo que é
belo e terno, da alegria e jovialidade. Porém, de gênio imprevisível, encontramos Logum-Edé na
intriga, no segredo maldoso, pois ele é capcioso, matreiro, inventivo, meio moleque.
Conta a lenda que seus pais brigavam muito, achando melhor viverem separados. Oxóssi na montanha
e Oxum no seu domínio, onde havia água e uma cachoeira. Por gostar muito dos dois, como era um
grande feiticeiro, preparou uma poção na qual durante seis meses teria características masculinas,
usando um ofá para caça e usando roupas azul turquesa, e nos outros seis meses assumiria
características femininas, usando roupas amarelo-douradas e empunhando um abebê. Um dia Logum
estava com sua mãe, entediado resolveu dar uma volta, caminhou e chegou em Ifé (reino de Ogum).
Com seu jeito, cativou Ogum e foi morar com ele. Preocupada com a demora do filho, Oxum foi
procurá-lo, e tal foi seu espanto quando o encontrou morando com Ogum. Irada, expulsou-o de casa.
Logum não entendendo o que se passava, foi procurar o pai, Oxóssi, que também o colocou para fora
de casa.
Desesperado, andou até Oió, encontrando Oia-Iansã que o acolheu e o proclamou príncipe, por sua
formosura, apesar da pouca idade. Sabendo da poção mágica, fez Logum bebê-la, porém nada
adiantou pois seu efeito já tinha passado. Surpreendentemente, se transformou em uma pessoa
andrógina.
LOGUN_EDÉ
O filho de Oxossi com Oxum e criado por Ogun e Inhansã, o principe pescador, adoraçao do culto de
Oxum e a fase em que Oxum é sua vedadeira mãe é quando ela é Yeye Pondá. Logun_Edé (Omo Ein)
filho do ovo descendente da fertilidade que é representada pelo ovo símbólo da procriação.
Esta divindade habita, e se magnetiza com a graça e a beleza das águas de sua mãe
e se encanta com a exuberância da floresta abundante de seu pai Oxossi, o guerreiro caçador, que a
ele seu filho ensinou a arte de pescar e caçar como seu pai. Ele viveu em companhia de Ogum
também, com quem aprendeu a arte de guerrear para conseguir se manter. Com Oyá aprendeu a se
guiar pelo vento e a brincar com as tempestades em toda sua plenitude.
Logun_Edé é santo único, razão pela qual só se faz um yaô desse santo na casa uma só vez a não ser
que o feito na casa venha falecer.
Se vocês pasarem a observar quando tem em um candomblé, mais de um Logun_Edé virado você vai
notar neles umas tendências, um para o lado de Oxossi, outro para o lado de Oxum sua mãe.
Suas vestes:
Azul claro - dourado - branco - bandas - bombacho - chapéu de banda com plumas azuis e branca -
braçaletes - argolas de pescoço douradas - rêde - caniço-ofá - abebê etc.
QUALIDADES
EDÉ LOKO - Tem fundamento com Exú.
EDÉ YBAYN - Leva carrinhos e bolas de gude, pois êle é um recém nascido.
APANAN - Todos comem com Exú e Oxosse. Seus fundamentos estão com sua mãe de
criação Onira, sem ela Logun não caminha. Toda pessoa de Logun tem que assentar Onira e
toda pessoa de Onira tem que assentar Logun_Edé, assenta também, Ybualamo, Yponda e
Opará.
Erinlè teria tido, com Oxum Ipondá, um filho chamado Lógunède (Logunedé), cujo culto se faz ainda,
mas raramente, em Ilexá, onde parece estar em vias de extinção. No Brasil, tanto na Bahia como no
Rio de Janeiro, Logunedé tem, entretanto, numerosos adeptos. Esse deus tem por particularidade viver
seis meses do ano sobre a terra, comendo caça, e os outros seis meses, sob as águas de um rio,
comendo peixe. Esse deus, segundo se conta na África, tem aversão por roupas vermelhas ou marrons.
Nenhum dos seus adeptos ousaria utilizar essas cores no seu vestuário. O azul-turquesa entretanto
parece ter sua aprovação.
ARQUÉTIPO
Erinlè teria tido, com Oxum Ipondà, um filho chamado Lógunède (Logunedé), cujo culto se faz ainda,
mas raramente, em Ilexá, onde parece estar em vias de extinção. No Brasil, tanto na Bahia como no
Rio de Janeiro, Logunedé tem, entretanto, numerosos adeptos. Esse deus tem por particularidade viver
seis meses do ano sobre a terra, comendo caça, e os outros seis meses, sob as águas de um rio,
comendo peixe. Esse deus, segundo se conta na África, tem aversão por roupas vermelhas ou marrons.
Nenhum dos seus adeptos ousaria utilizar essas cores no seu vetuário. O azul-turquesa entretanto
parece ter sua aprovação.
E
SSABAS DE LOGUN-EDÉ
Oripepê
LOGÚNÈDÉ CARRAPICHO
LENDA DE LOGUN-EDÉ
Logun, jovem bonito e alegre, foi criado com muito mimo. Se tornara um menino desobediente.
Oxum (Rainha das águas doces), estava cuidando dos afazeres domésticos enquanto Logun
brincava perto do rio. Oxum pediu para que não se aproximasse muito da margem, pois aquele local
era muito perigoso. Logun, muito teimoso, esperou Oxossi (Senhor da caça) partir para a floresta e sua
mãe se distrair, para tentar atravessar o rio por meio de um galho, que não agüentou e Logun caiu no
rio e sumiu.
A grande ave azul sobrevoava a casa de Oxossi afim de proteger Logun e Oxum. A ave voou até
a floresta e avisou Oxossi. A essa altura Oxum já estava em desespero, pois seu único filho teria sido
engolido pelo rio.
Oxum começou a invocar Olorum, dizendo: “Olorum meu Pai, o senhor me deu o poder de ser a
Rainha das águas e vejo meu único filho morrer no meu leito e nada posso fazer!”.
Oxossi, por sua vez disse: “Oh Grande Pai! Concedei-me a graça de ver meu filho renascer das
águas!”.
Olorum resolvendo atender aos pais, ergue Logun do fundo do rio, mas adverte: “Aí está seu
filho, que por teimosia quase não volta. De agora em diante ele será filho de Ibualama e Iepondá!
Logun, seu castigo será cuidar dos rios, zelar pelas suas margens, cuidar da pesca e proteger os
pescadores!”.
LENDA DE LOGUN
No início dos tempos, cada orixá dominava um elemento da natureza, não permitindo que nada,
nem ninguém, o invadisse. Guardavam sua sabedoria como a um tesouro.
É nesse contexto que vivia a mãe das água doces, Oxun, e o grande caçador Odé. Esses dois
orixás constantemente discutiam sobre os limites de seus respectivos reinados, que eram muito
próximos.
Odé ficava extremamente irritado quando o volume das águas aumentavam e transbordavam
de seus recipientes naturais, fazendo alagar toda a floresta. Oxun argumentava, junto a ele, que sua
água era necessária à irrigação e fertilização da terra, missão que recebera de Olorun. Odé não lhe
dava ouvidos, dizendo que sua caça iria desaparecer com a inundação.