Deus dos caçadores, irmão de Ogun, representando a fartura. Tornou-se um Orixá popular, por
aventurar-se pelas matas para descobrir novos caminhos para acampamentos, o que deu origem a
várias cidades. Apresenta esse Orixá também um lado alquímico, pois conta a lenda que Oxossi por
viver grande parte do tempo na mata, aprendeu com Ossanhe, divindade das folhas, a utilidade e a
aplicação de cada essaba.
PERSONALIDADE: Audacioso, exibicionista, cheios de iniciativa, espertas, rápidas, estão sempre
alertas, hospitaleiros, generosos, temperamentais, orgulhosos, irrequietos, possuem senso coletivo,
senso de responsabilidade e mudam de opinião facilmente.
Cabe acrescentar ainda, que Oxossi está associado ao frio, à noite e a Lua. Relaciona-se com os
animais cujo grito imita a perfeição. Assim é Oxossi, valente e ágil.
SÍMBOLOS: OFÁ: arco e flecha, capanga e aves.
PAÓ: 3 batidas de palmas, bem espaçadas e levantando-se a cada vez, as mãos fechadas adiante e
para cima, lentamente. Em seguida, 7 lentas na frente e as três de reverência, ainda mais lentas, em
seguida do adobale.
SAUDAÇÂO: “Okê Oxossi! Okê aro ode! Ode kokê maior!”.
FILIAÇÂO: Aparáoká
DIA: Quinta-feira
METAL: Estanho
Oxóssi, é filho de Iemanjá com Orunmilá. É divinização da floresta, reinando sobre o verde sobre os
animais selvagens, dos quais é considerado o dono e dos quais tem todas as virtudes. Oxossi é sagaz
como o leopardo, forte como o leão, leve como um pássaro, silencioso como um tigre, observador
como a coruja, sabe se esconder como um tatu, é vaidoso como o pavão, corre como os coelhos, sobe
em árvores como macaco, conhece os animais profundamente e com eles partilha o conhecimento da
natureza.
Dizem os mitos que aprendeu a caçar com seu irmão Ogum, quando este lhe deu as pontas de flechas
e, mais tarde, a espingarda. A essência de Oxossi é "atingir um objetivo". Fixar um alvo e atingi-lo.
Alimentar a família. Oxossi sempre foi o responsável por alimentar a família. É considerado o orixá que
dá de comer às pessoas, pois sob seus domínios estão os animais e os vegetais. Assim, invoca-se a
energia de Oxóssi quando se quer encontrar algo ou atingir algum objetivo e para prover sustento
(moral ou físico) durante as jornadas.
No limite, é Oxossi o patrono da natureza, enquanto Ogum é a cultura. Como sempre foi muito
observador aprendeu também os mistérios e poderes das plantas com Ossain, orixá dono dos poderes
de cura das folhas, que certa vez o enfeitiçou, levando-o para o fundo da floresta a fim de ter
companhia. Iemanjá, sua ciumenta mãe, enfurecendo-se, mandou que Ogum fosse buscar seu irmão
na floresta e o arrancasse dos feitiços de Ossain.
Invoca-se Oxossi, portanto, quando se quer encontrar remédios para certos males, embora seja
necessário pedir a Ossain que o remédio faça efeito. Ogum assim o fez, mas como Oxóssi relutasse em
voltar ao lar, e ao voltar desfeiteasse sua mãe, esta o proibiu de viver dentro da casa, deixando-o ao
relento. Como havia prometido ao irmão ser sempre seu companheiro, Ogum foi viver também do lado
de fora de casa.
Oxóssi tornou-se o melhor dos caçadores e diz o mito que foi ele quem livrou Araketu, sua cidade, de
um grande feitiço das perigosíssimas ajés (feiticeiras africanas) Iyami Oshorongá, que se transformam
em pássaros e atacam as pessoas e cidades com doenças e miséria.
Tendo uma destas feiticeiras pousado sobre o palácio do rei de Ketu, e os demais caçadores do reino
perdido todas as suas flechas tentando matá-la, Oxóssi, com apenas uma, deu cabo do perigoso
pássaro, tendo sido conclamado o rei de Ketu. Pede-se a Oxóssi, portanto, que destrua feitiços ou
energias maléficas.
Um dia, enquanto caçava elefantes para retirar-lhes as presas, Oxóssi encontrou e apaixonou-se por
Oxum, a deusa das águas doces e do ouro que repousa em seus leitos e com ela teve um filho, Logun-
Edé. Filho da floresta com as águas dos rios, Logun-Edé é considerado o orixá da fartura e da riqueza
que ambos os domínios apresentam e dos quais compartilha. Mais adiante eu falo sobre Logun-Edé.
Dia da Semana: terça-feira
Símbolo: ofá (arco e flecha)
Cor: azul e verde (azul pela relação com o ar - no lançamento das flechas - e verde pelas matas)
Elemento: ar e terra
Número: 3
Comida: milho e coco.
Saudação: Okê Arô, Oxossi!
OXÓSSI (oxo: "caçador; ossi: "noturno")
Oxóssi, deus dos caçadores teria sido o irmão caçula ou o filho de Ogum , é o orixá da caça, chamado
muitas vezes de Odé Wawá, ou seja, "Caçador dos Céus". É a divindade da fartura, da abundância, da
prosperidade, Em seu lado negativo, porém, pode ser também o pai da míngua, da falta de provisão. A
seguir citaremos outras importâncias, isto é, atribuições de Oxóssi:
Suas principais características são a ligeireza, a astúcia, a sabedoria, o jeito ardiloso para faturar sua
caça. É um orixá de contemplação, amante das artes e das coisas belas.
Como todos os orixás, Oxóssi também está no dia-a-dia dos seres vivos, convivendo intimamente com
todos nós. Dentro do Culto, ele é o caçador do Axé, aquele que busca as coisas boas para uma Casa de
Santo, aquele que caça as boas influências e as energias positivas.
No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é
ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para
todos.
O culto a esse orixá é bastante difundido no Brasil, mas pouco lembrado na Nigéria, o que se deve ao
fato de Oxóssi ter sido cultuado basicamente em Keto (terra dos panos vermelhos), onde foi
consagrado como rei. No século XIX, devido ao tráfico negreiro, a cidade foi praticamente destruída
pelos ataques das tropas do rei Daomé. Os filhos consagrados a Oxóssi foram vendidos como escravos
no Brasil, Antilhas e Cuba. É o orixá que cultua o próprio individualismo, tendo determinação para
qualquer combate. Outros deuses da caça: Oriluerê, Erinlé, Ibualama, Logun Edé.
O
xóssi – Odé, está ligado à terra virgem. Possui muita importância em Kétu, torna-se Alákétu (rei do
Kétu). É àxèxè (princípio dos princípios) dos descendentes de Kétu.
Os Oge (chifres de touro) fazem a comunicação entre o Aiyé e Orún, chamados de: Olugboohun – o
senhor escuta a minha voz.
Oxóssi é um caçador nato, irmão mais novo de Ogum e protetor dos caçadores e policiais de toda
ordem. Seus filhos são lutadores, obstinados e não desistem de seus objetivos por nada. De fortes
ligações místicas são capazes até de adquirir poderes sobrenaturais. Acima de tudo, possuem uma
alegria contagiante e uma agitação inevitável. Empunha um arco e flecha de ferro e sua coe é o azul
celeste claro.
Mitologicamente Oxossi é filho de Oxalá e Yemanjá , embora esta versão coexista com outra menos
conhecida, que diz que o Deus da Caça é filho de Apáokà (Jaqueira).
Oxossi, Caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Vive na floresta, onde
moram os espíritos e está relacionado com árvores também.
Oxossi usa Irukèrè, uma espécie de chicote, feito com pelos do rabo do touro, cujo objetivo maior é
dominar os espíritos da floresta, pois o rabo do animal como fica voltado para traz, ou seja, para o
passado e para os espíritos dos mortos. O Irukèrè também serve para espantar os mosquitos e
sobretudo as abelhas — mensageiras de Oxossi, que deixam o seu mel aos pés de Iroko ou do Apáoká
— a verdadeira mãe de Oxossi, a que lhe deu o tesouro, que nada mais é do que o mel alimento real e
o Àsé principal das divindades femininas. As abelhas representam os espíritos de antepassados
femininos que povoavam a floresta.
Uma das qualidades de Oxossi se identifica com a pantera – é o terrível Ode.
Oxossi conhece a natureza, as plantas, as quais estão associadas à qualidade de Ode Ose Ewe e
está ligado ao frio, à noite e a lua. Inclusive vários oriki de Oxossi confirmam esta associação.
Oxossi é o único Orixá que entra na mata da morte, joga sobre si um pó sagrado, avermelhado,
chamado AROLÉ, que passou a ser um de seus dotes. Este pó o torna imune à morte e aos EGUNS.
ORÔ DE OXOSSI
Omo – Ode – Lailai
Omo – Ode – Kosajô
Abaderoco Koisô
Omo – Ode – Kosajô
QUALIDADES
AKUERAN:
Velho, come carne crua, culto realizado na madrugada. Tem fundamento com Oxumarè e
Osónyín. Muitas de suas comidas são oferecidas cruas. Ele é o dono da fartura, ele mora nas
profundezas das matas. Veste-se de azul claro e tiras vermelhas, suas contas são azul claro. Seus
bichos são: papagaio e arara, tira-se as penas e solta-e o bicho.
DANADANA:
Ele o Orixá que entra na mata da morte Velho, irmão de Ogún, tem fundamento
com Exu, Osónyín, Oxumarè, Oya e Obaluaê/Omulú. É e sai sem temer EGUN e a própria morte. Veste
azul claro.
OTIN:
Conhecido como Babá Otin – Oxossi menino, capanga de coelho, veste azul claro e o vermelho,
contas azuis e chapéu de plumas brancas. Usa uma lança. Guerreiro é muito parecido com o irmão
Ogún vive na companhia dele, caçando e lutando, é muito manhoso e não tem caráter fácil, muito
valente, estando sempre pronto a sacar sua arma quando provocado. Não leva desaforo e castiga seus
filhos quando desobedecido. Tem que se dar comida a Ogún.
ODEMIRA:
Acompanha Yemanjá, cultuado apenas no Axé Opo Afonjá.
OKOLO:
Velho, é Ossaiyn que traz esta qualidade no barracão.
ORIEJE:
Veste verde, é assentado na floresta.
OSONGBO:
Vem ao barracão com uma flauta de osso, cultua egungun.
ORUMINA:
É do mato, aprecia animais selvagens.
GENDEPE:
É do mato, violento.
ONIPABO:
Violento, acompanha Ogún, veste-se de azul, verde e vermelho.
ODOOKE:
Vive nos montes, Oxun do lado, come bode castrado.
ÀROLÉ:
Deus da caça, veste-se de peles de animais, usa polvari, come carne
crua, usa duas capangas, debaixo do assentamento tem umaestrela. É invocado no padê de Exu. É o
verdadeiro rei de Ketu,as pessoas dele são muito antipáticas, jovem e romântico, gosta de namorar,
vive mirando-se nas águas, apreciando
sua beleza. Come com Ogún e Oxún, aprecia carne de veado e é ágil na arte de caçar.
ODE OSE EWE OU YBO:
É o senhor da floresta, ligado as folhas e as Osonyín, com quem vive nas
matas. Veste azul claro e usa capacete quase tampando o seu rosto.
IGBO:
Velho, associado a Osonyín. Cultuado em Lobu. Mania de perfeição
YBUALAMO:
É velho e caçador. Come nas águas mais profundas. Conta um mito que Ybualamo é o
verdadeiro pai de Logunedé. Apaixonado por Oxún e vendo-a no fundo do rio, ele atirou-se nas águas
mais profunda em busca de seu amor. Sua vestimenta é azul celeste, como suas contas. Come com
Omolú Azoani, usa um capacete feito de palha da costa e um saiote de palha.
INLÉ OU ERINLÈ:
É o filho querido de Oxaguian e Yemanjá. Veste-se de branco em homenagem a
seu pai. Usa chapéu com palmas brancas e azuis claro. É tão amado que Oxaguian usa em suas contas
uma azul claro de seu filho. Come com seu pai e sua mãe (todos os bichos) e tem fundamento com
Ogún Já.
KOIFÉ:
Não se faz no Brasil e na África, pois, muitos de seus fundamentos estão extintos. Seus eleitos
ficam um ano recolhidos, tomando todos os dias o banho das folhas. Veste vermelho, leva na mão uma
espada e uma lança. Come com Osónyín e vive muito escondido dentro das matas, sozinho. Suas
contas são azuis clara, usa capangas e braceletes. Usa um capacete que lhe cobre todo o rosto.
Assenta-se Koifé e faz-se Ybo, Ynlé ou Oxún Karé; trinta dias após, faz-se toda a matança.
ODÉ KARE:
É ligado as águas e a Oxún, porém os dois não se dão bem, pois, exercem as mesmas
forças e funções. Come com Oxún e Oxalá. Usa azul e um Banté dourado. Gosta de pentear-se, de
perfume e de acarajé. Bom caçador, mora sempre perto das fontes.
ODÉ WAW:
Vem da origem dos Orixás caçadores. Veste-se de azul e branco, usa arco e flecha e os
chifres do touro selvagem. Come com Oxalá e Xangô, pois, dizem que ele fez sua morada debaixo da
gameleira. Está extinto, assenta-se ele e faz-se Ayrá ou Oxún Karé.
ODÉ WALÈ:
É velho e usa contas azuis escuro. É considerado como rei na África, pois, seu culto é
ligado diretamente à pantera, é muito severo, austero, solteirão e não gosta das mulheres, pois, as
acha chatas, falam demais, são vaidosas e fracas. Come com Exu e Ogún.
LENDA
Conta-se que um grande caçador entrou na mata com seu filho Longunedé, ensinandolhe
a arte de caçar e manejar o arco e a flecha, após inúmeras caçadas, Logun sentou-se embaixo de
uma árvore para descançar. Nessa árvore pousou um pássaro e Oxóssi preparou sua arma e atirou.
Acertou em cheio pássaro e, também, uma colméia de abelhas. Elas foram cair justamente sobre a
cabeça de Logunedé, que sem ter como se defender foi picado. Oxossi vendo o desespero do filho,
correu a acudi-lo, sendo mordido várias vezes. Conseguindo fugir, deitou seu filho em folhas frescas e,
sem saber o que fazer, pôs-se a chorar. Eis que o Orixá Omolú vendo aquilo, parou e apiedou-se do
estado de Logunedé, pois, a criança estava morrendo. Omulú tirou de sua capanga água de cana e
gengibre, pilou e aplicou sobre os ferimentos, aliviando as dores. Após isto, fez o mesmo com Oxossi,
curando-o completamente.
Oxossi então disse-lhe: Senhor dos aflitos, ponho o meu reino a seus pés e toda a minha caça
que daqui por diante eu consegui, comeremos juntos. Omulú agradeceu e seguiu seu caminho. Então
Oxossi jurou que nunca mais comeria o mel, pois, o mel o faria lembrar todo o sofrimento seu e de seu
filho. Por isso Oxossi não leva mel e Logunedé é levado com açúcar mascavo e gengibre. Toda pessoa
de Logun tem que assentar Azoani. Tem que ter um pedaço de colméia para quando Logun chegar,
depois enrola-se num murim e joga-se no rio. Também é proibido aos filhos de Logun comerem
palmito, fígado de boi e caças.
COR:
azul claro, verde, branco (às vezes).
COMIDA:
ewa (feijão fradinho torrado) dentro de um oberó (panela de barro – alguidá), axoxó
(milho vermelho com fatias de coco) e frutas variadas.
DIA DA SEMANA:
quinta-feira.
DATA:
Corpus Christi (BA), 23 de abril (SP), 20 de janeiro (RJ).
FRUTAS:
coco, goiaba, manga rosa, pitanga, jabuticaba, espiga de milho, graviola, mamão e limão.
FOLHAS:
Jaborandi Bredo de santo Antonio Capim cabeludo
São gonçalinho Erva curraleira Lágrimas de N. Sra.
Espinho cheiroso Groselha (folhas) Dandá da Costa
Alecrim do campo Pitanga Arueira
Maminha de vaca Rabo de tatu Carrapicho
Abre caminho Patchulim (folhas) Caiçara
Alfavaca Língua de vaca Nenúfar/Golfo
Saião Folha do fogo Oripepe
Ingá Capeba Peregun
Acácia jurema Jarrinha Alecrim caboclo
BEBIDAS:
água de coco, aluá, água de coco com açúcar mascavo, água com açúcar mascavo e
melaço.
ILEKÉ:
nas mesmas cores.
METAL:
bronze, metal amarelo, estanho (às vezes).
PARTE DO CORPO:
antebraço, braço, cabelo do corpo e pulmão.
SÍMBOLOS:
Ofá, Ode Mata, Irukèrè, Oge (2), Apo (capanga).
SACERDOTE:
Odesi
CARGOS:
qualquer, inclusive Ojé.
SAUDAÇÃO: Oke Aro!
Oxossi, rei de Ketu, meu pai e pai de mestre Caribé, de Genaro de Carvalho e de Camafeu de Oxossi, é
São Jorge matando o dragão. Deus da caça, das úmidas florestas, com o ofá(arco e flexa), abate os
javalis, as feras, é o invencível caçador. Rei Oxossi, senhor do Ketu, rodeado de animais, usa capanga
e chapéu de couro. Carne de porco, eis a sua comida preferida. Gosta também de bode e galo mas não
tolera feijão branco. Come ainda ojojó, milho cozido com pedaços de côco. Dança com ofá e erukerê
feito com rabo de boi. Sua palavra de saudação é Okê. Existem várias qualidades de Oxossi: Otin, Inlé
e Ibualama. Orixá poderoso, encantado do maior respeito, suas festas são de grande beleza e
opulência. Uma delas, a das Quartinhas de Oxossi, no candomblé do Gantois, onde reina a veneranda
Mãe Menininha, é inesquecível espetáculo.
Ibualama ou Inlé é uma qualidade de Oxossi, marido de Oxum. Como os demais Oxossis é caçador, rei
de Ketu, usa ofá(arco e flexa) e chapéu de couro. Come tudo que é caça e seu dia é quinta-feira.
Um Oxossi azul, Otin! Usa capanga e lança. Vive no mato a caçar. Come tôda espécie de caça mas
gosta muito de búfalo.
ARQUÉTIPO
O arquétipo de Oxóssi é o das pessoas espertas, rápidas, sempre alerta e em movimento. São pessoas
cheias de inicitiva e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da
responsabilidade e dos cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da ordem,
mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas
vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma.
ESSABAS DE OXOSSI:
Folha de Irôko
Canela de macaco
Taioba
Rama-de-leite
Erva-tostão
Cipó-chumbo
Aroeira branca
Peregun
Erva pombinho (quebra-pedra)
Pega-pinto
Alecrim do campo
Bredo sem espinho – Teté
Alfavaquinha – Orim-rim
Folha da costa – Odún-dun
Jarrinha – Jacomijé
Dandá do brejo – Irekê-omin
Espada de Ogun – Junçá
Folha de loko – Iróko
Folha de dendezeiro – Mariwô
Capim cabeludo – Irum-perlêmin
Akoko
Cana-fita – Fitiba
Parietária – Monan
QUALIDADES DE ODÉ:
1. Orè ou Orèlúéré
2. Inlé ou Erinlè, ou ainda
Age
3. Ibùalámo
4. Fayemi
5. Ondun
6. Asunara
7. Apala
8. Agbandada
9. Owala
10. Kusi
11. Ibuanun
12. Olumeye
13. Akanbi
14. Alapade
15. Mutalambo
ODE
ALFAVACA; ABRE CAMINHO; ACÁCIA; FUREMA; ALFAVAQUINHA;
ALFAZEMA DE CABOCLO; ALECRIM DO CAMPO; ALECRIM; ARASSA DE
COROA; ARASSA DO CAMPO; BREDO SEM ESPINHO; CARQUEJA; CANA
FITA; CAIÇARA; CABELO DE MILHO; CAPEBA; CIPÓ CABOCLO; CAPIM
LIMÃO; CIPÓ CRAVO; CARRAPICHO; ERVA CURRALEIRA; COQUEIRO DE
IRI; ERVA DE PASSARINHO; GOIABEIRA; GROSELHA; ARRUDA MIÚDA;
GUACO; GUINÉ; HISSOPO; INGAZEIRO; MALVA DO CAMPO; JACATIRÃO;
LÍNGUA DE VACA; MALVARISCO; PITANGATUBA; PARIPAROBA;
NICURIZEIRO; PEREGUN; PITANGUEIRA; GUAXIMA ROSA; JASMIM
MANGA; JURUBEBA; MILHO; SAIÃO; SÃO GONÇALINHO; MURICI; FOLHA
DE BICHO; LÁGRIMA DE NOSSA SENHORA; ALECRIM DO CAMPO;
ARAÇA.
OXOSSI
Locais de
maior vibração
dos orixás
mata fechada
As cores e
flores que são
regidas pelos
orixás:
Vermelha ( Palmas)
As bebidas que
são regidas
pelos orixás:
Vinho Moscatel
Frutos e Frutas
Todas as frutas e frutos.
Algumas das
comidas mais
comuns
oferecidas aos
Orixás:
Canjiquinha de milho vermelho, com pedaços pequenos de coco regado
com mel.
Mencionaremos
aqui as ervas
mais
conhecidas no
Rio de Janeiro:
Jurema, Alfavaca, Jureminha, Pelegum verde, Cana de Brejo, Caiçara,
Eucalipto.
Os Orixás
normalmente
trazem em
seus filhos
suas
características
físicas e de
caráter. Assim
podemos dizer
que os filhos
de:
São pessoas leves, inquietas, interessam-se por tudo, pouco
perseverantes, instáveis em suas afeições, facilmente sugestionados.
Os Orixás têm
suas
preferências
também
quanto aos
metais. O ferro.
Calendário
Festivo da
Umbanda 20 de janeiro.
LENDA DE OXOSSI:
Oxossi é irmão de Ogun. Ogun resolveu ensinar a arte de caçar à Ibô, Como era conhecido
Oxossi.
Oxalá precisou da pena de uma determinada ave e recomendou os serviços de Ogun. Ogun não
conseguiu e indicou o nome de Ibô para assumir o serviço, dizendo à Oxalá que ele era o melhor
caçador do mundo. Assim Ibô seguiu viagem, foi para a floresta e com apenas uma flecha conseguiu
matar a ave e retirar a pena que Oxalá precisava. Só que na saída da floresta foi atacado por vários
animais ferozes, conseguindo escapar com vida, carregando a pena.
Andou vários dias se arrastando pelo chão. Conseguindo chegar ao reino de Oxalá não
atravessou os portões por estar quase morto. Ogun o encontrou e o levou até Oxalá.
Desconsertado Ibô desculpou-se com Oxalá pelo atraso porém, Oxalá o saudou dando à ele um
novo nome: OXOSSI – Senhor da Caça.
LENDA DE ODÉ
Na cidade de Ifé, realizavam-se festividades e rituais por ocasião das colheitas. Os sacerdotes
da aldeia, fugindo aos seus costumes, não realizavam as oferendas obrigatórias para três das maiores
bruxas conhecidas: as Iya-mi Oxorongás. Esse ato imperdoável precisava de uma boa punição. Foi
assim que elas enviaram um enorme pássaro para assombrar aquela aldeia.
A ave ficou pousada no telhado do palácio, de onde podia avistar toda a cidade.
Um clima de medo e mau agouro espalhou-se entre os moradores, que não sabiam o que fazer
para acabar com aquele terrível monstro.
Oferendas foram realizadas para as Oxorongás, mas sem resultado. Era tarde demais para isso.
Foi então que alguns caçadores se apresentaram para matar o pássaro das bruxas, mas foram
todos derrotados. O último caçador possuía apenas uma flecha, e era a última esperança de livrar a
aldeia da morte. Esse caçador era Odé.
Sua mãe, que estava longe daquele lugar, teve um mau presságio com relação a ele.
Consultando um babalawô, teve a confirmação do que já sabia: seu filho corria grande perigo.
Foram necessárias muitas oferendas para que a missão de Odé fosse executada com perfeição
e, graças a isso, Odé pôde matar o pássaro com sua única flecha, livrando sua aldeia da aniquilação.
Desde então vem sendo venerado por esse povo