Oyá Seno
Oyá Gunãn
Oyá Bagan
Oyá Onira
Oyá Sirê
Oyá Topé
Oyá Egbalá
Iansã é a força dos ventos, dos furacões, das brisas que acalmam, das coisas que passam como o
vento, dos amores efêmeros, sensuais, das tempestades, que assolam a existência mas não duram
para sempre.
Iansã ajudava Ogum na forja dos metais, soprando o fogo com o fole para aviva-lo mais e mais, e
assim fabricarem mais ferramentas para trabalhar o mundo e armas para as guerras de que ambos
tanto gostavam. Por seu temperamento livre e guerreiro, Iansã era uma companheira perfeita para
Ogum. Diz o mito que Iansã não podia ter filhos, por isso adotou Logun-Edé, filho abandonado por
Oxum, e o criou durante algum tempo.
Diz o mito, também , que Iansã era tão linda que, para fugir ao assédio masculino vestia-se com uma
pele de búfalo, e saía para a guerra. Que era amiga tão leal que foi ela a primeira a realizar uma
cerimonia de encaminhamento da alma de um amigo caçador ao orum (céu). Iansã não parava jamais.
Um dia em que Xangô foi visitar seu irmão Ogum e encomendar-lhe armas para a guerra, Iansã
(também conhecida como Oyá) apaixonou-se por Xangô, e partiu para viver com ele, deixando Logun-
Edé com Ogum, que terminaria de criá-lo.
A partir de então, tornou-se uma das três esposas de Xangô e com ele reina e luta, enviando seus
ventos para limpar o mundo e anunciando a chegada dos raios e trovões de seu amado.
Dia da semana: quarta-feira
Cor: vermelho, rosa, marrom
Símbolo: eruxin (rabo de cavalo, signo de poder ioruba) obé (espada)
Número: 9
Comida: acarajé
Saudação: Eparrei, Oyá!
OIA-IANSÃ ou OYÁ (mesan: "nove")
Oia-Iansã é o orixá de um rio conhecido como Níger, cujo nome original em iorubá é Oyá. Deusa da
espada do fogo, dona da paixão, Oia-Iansã é a rainha dos raios, dos ciclones, furacões, tufões,
vendavais.
Orixá do fogo, guerreira e poderosa. Mãe dos eguns, guia dos espíritos desencarnados, senhora do
cemitério.
Orixá da provocação e do ciúme. Paixão violenta , que corrói, que cria sentimentos de loucura, que cria
o desejo de possuir, o desejo sexual. É a volúpia, o clímax. Ela é o desejo incontido, o sentimento mais
forte que a razão. A frase "estou apaixonado" tem a presença e a regência de Oia-Iansã, que é o orixá
que faz nossos corações baterem com mais força e cria em nossas mentes os sentimentos mais
profundos, abusados, ousados e desesperados. É o ciúme doentio, a inveja suave, o fascínio
enlouquecido. É a paixão propriamente dita. É a falta de medo das conseqüências de um ato
impensado no campo amoroso. Oia-Iansã rege o amor forte, violento.
Oyá é também a senhora dos espíritos dos mortos, dos eguns. É a deusa dos cemitérios. É ela que
servirá de guia, ao lado de Obaluaiê, para aquele espírito que se desprendeu do corpo. É ela que
indicará o caminho a ser percorrido por aquela alma. Comanda a falange dos Boiadeiros.
Embora tenha sido esposa de Xangô, Oia-Iansã percorreu vários reinos. Foi paixão de Ogum,
Oxaguian, Exu. Conviveu e seduziu Oxóssi, Logun-Edé e tentou, em vão, relacionar-se com Obaluaiê.
Em Ifé, terra de Ogum, foi a grande paixão do guerreiro. Aprendeu com ele e ganhou o direito do
manuseio da espada. Em Oxogbo, terra de Oxaguian, aprendeu e recebeu o direito de usar o escudo.
Deparou-se com Exu nas estradas, com ele se relacionou e aprendeu os mistérios do fogo e da magia.
No reino de Oxóssi, seduziu o deus da caça, aprendendo a caçar, tirar a pele do búfalo e se
transformar naquele animal com a ajuda da magia aprendida com Exu. Seduziu o jovem Logun-Edé e
com ele aprendeu a pescar. Oia-Iansã partiu, então, para o reino de Obaluaiê, pois queria descobrir
seus mistérios e até mesmo conhecer seu rosto, mas nada conseguiu pela sedução. Porém, Obaluaiê
resolveu ensinar-lhe a tratar dos mortos. De início, Oia-Iansã relutou, mas seu desejo de aprender foi
mais forte aprendeu a conviver com os eguns e controlá-los. Partiu, então, para Oió, reino de Xangô, e
lá acreditava que teria o mais vaidoso dos reis, e aprenderia a viver ricamente. Mas, ao chegar ao reino
do deus do trovão, Oia-Iansã aprendeu muito mais. Aprendeu a amar verdadeiramente e com uma
paixão violenta, pois Xangô dividiu com ela os poderes do raio e deu a ela o seu coração.
O fogo é o elemento básico de Oia-Iansã. O fogo das paixões, da alegria, o fogo que queima. E aqueles
que dão uma conotação de vulgaridade a essa belíssima e importantíssima divindade africana, são
dignos de pena e mais dignos ainda, do perdão de Oia-Iansã.
ÒYA
Òya é a dona dos raios,dos ventos e dos mortos,controla Ygbalé ( casa dos mortos ). Esposa de seu
primo, Xango, foi a maior guerreira que já existiu na Africa,sua fúria era incontrolável, não temendo
nem a morte.Ligada ás florestas que ela domina com seu OruKeré,que foi presenteado por Oxosse. É
associada aos ancestrais masculinos que ela dirige e maneja. Está relacionada ao vermelho e é
representada pelo relâmpago.
Oya teve 9 filhos, uns dizem que foi com ogun, outros que foi com Xangó, oito nasceram mudos e
surdos e o último nasceu um Egun e graças aos sacrifícios recomendados por Ifá, nasceu com o poder
de falar com voz estranha e sobrenatural, chamado Segi, que imita a voz do macaco africano chamado
Ijimaré, macaco que é consagrado aos Êres.
QUALIDADES
OYÁ Igbalé - (ligada diretamente ao culto aos eguns)
OYÁ Furê
OYÁ Odo
OYÁ Iamesan
OYÁ Onira
OYÁ Yatopé
OYÁ Afefé Ykú Funan
OYÁ Afakarebó
OYÁ Afefé
OYÁ Bagan
OYÁ Petú
OYA Egunnitá
Oya (Oiá) é a divindade dos ventos, das tempestades e do rio Niger que, em iorubá, chama-se Odò
Oya. Foi a primeira esposa de Xangô e tinha um temperamento ardente e impetuoso. Conta uma lenda
que Xangô enviou-a em missão na terra dos baribas, a fim de buscar um preparado que, uma vez
ingerido, lhe permitiria lançar fogo e chamas pela boca e pelo nariz. Oiá desobedecendo às instruções
do esposo, experimentou esse preparado, tornando-se também capaz de cuspir fogo, para grande
desgosto de Xangô, que desejava guardar só para si esse terrível poder.
Oiá foi, no entanto, a única das mulheres de Xangô que, ao final do seu reinado, seguiu-o na fuga para
Tapá. E, quando Xangô recolheu-se para baixo da terra, em Kossô, ela fez o mesmo em Irá.
ARQUÉTIPO
O arquétipo de Oyá-iansã é o das mulheres audaciosas, poderosas e autoritárias. Mulheres que podem
ser fiéis e de lealdade absoluta em certas circunstâncias, mas que, em outros momentos, quando
contrariadas em seus projetos e empreendimentos, deixam-se levar a manifestações da mais extrema
cólera. Mulheres, enfim, cujo temperamento sensual e voluptuoso pode levá-las a aventuras amorosas
extraconjugais múltiplas e frequentes, sem reserva nem decência, o que não as impede de
continuarem muito ciumentas dos seus maridos, por elas mesmas enganados.